Desistir?
A vida em discrepância
Passa... Está vendo?
Com olhos jamais de infância
Eu me rendo.
Os sonhos nunca existiram
Eram apenas ilusões,
Para onde foi que fugiram?
Os olhos que ontem tinham emoções.
Tudo um desatino
Rigoroso destino
Pavores de perambular
Só em um caminho desregular.
Desista... Um obstáculo
Desista de todos os sonhos,
Consulte antes o oráculo,
Esse será mais um poema medonho.
Se não gostou, desista de terminar de ler
Faça como fez em todos os versos lidos
Os entregue ao vento antes do amanhecer
Como continuar algo sem sentido?
É tão fácil desistir
Basta não querer mais,
Basta perder a capacidade de sorrir
E basta ter em todos os dias rotinas iguais.
O que seria de um amor
Que desgasta com o tempo?
O que seria de uma flor
Que murchou ao relento.
O que seria de alguém que desistisse sempre?
É tão difícil assim tentar?
Não importa os tombos ao chão
O que importa são as superações
O que importa são as reconstituições.
Porque as cicatrizes permanecem,
Mas o medo transforma em cinzas
Que o vento leva embora
Você faz minha vida
Ser tão complicada,
Mas...
Desistir de mim?
Jamais!
Eu desisto de você
Até nunca mais.