Desistir?

A vida em discrepância

Passa... Está vendo?

Com olhos jamais de infância

Eu me rendo.

Os sonhos nunca existiram

Eram apenas ilusões,

Para onde foi que fugiram?

Os olhos que ontem tinham emoções.

Tudo um desatino

Rigoroso destino

Pavores de perambular

Só em um caminho desregular.

Desista... Um obstáculo

Desista de todos os sonhos,

Consulte antes o oráculo,

Esse será mais um poema medonho.

Se não gostou, desista de terminar de ler

Faça como fez em todos os versos lidos

Os entregue ao vento antes do amanhecer

Como continuar algo sem sentido?

É tão fácil desistir

Basta não querer mais,

Basta perder a capacidade de sorrir

E basta ter em todos os dias rotinas iguais.

O que seria de um amor

Que desgasta com o tempo?

O que seria de uma flor

Que murchou ao relento.

O que seria de alguém que desistisse sempre?

É tão difícil assim tentar?

Não importa os tombos ao chão

O que importa são as superações

O que importa são as reconstituições.

Porque as cicatrizes permanecem,

Mas o medo transforma em cinzas

Que o vento leva embora

Você faz minha vida

Ser tão complicada,

Mas...

Desistir de mim?

Jamais!

Eu desisto de você

Até nunca mais.

Leticia de Faria Trindade
Enviado por Leticia de Faria Trindade em 31/07/2011
Reeditado em 31/07/2011
Código do texto: T3130900
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