A visão das chagas...
De olhar cansado
Eu vinha por uma estrada
Tinha muita coisa a ser vista
Mas eu não queria ver nada
A minha concentração
Não sei onde se encontrava
Eu apenas caminhava
Nem me importava em qual estrada...
E pensava, e me dava vontade
De parar,
De nalgum lugar fica plantado,
Mas eu sempre continuava...
Continuei sob o Sol, sob a Noite,
Entre o amanhecer
E o anoitecer... Nessas horas
Meu ser se angustiava...
Eu me perguntava por quê,
Perguntava-me por que andava,
E tentava lembrar do inicio,
Mas do inicio eu nunca lembrava...
Às vezes sentia alegria, alegria
Por não saber onde me encontrava,
Ficando de acordo com meu ser,
O meu ser que sempre cambaleava...
Eu sentia que estava longe,
Longe de onde não sei...
Mas que estava no caminho,
Mesmo perdido, no caminho
Daquilo que sempre busquei...
Na busca daquilo
Que de alguma forma acreditei
Mas que meus olhos dizem-me,
Indecifráveis, que não alcançarei...
Eu só estava caminhando...
Não pedi, não sei como entrei
Nesse turbilhão de pensamento,
Entre os quais,
Crucificado me visualizei...