A visão das chagas...

De olhar cansado

Eu vinha por uma estrada

Tinha muita coisa a ser vista

Mas eu não queria ver nada

A minha concentração

Não sei onde se encontrava

Eu apenas caminhava

Nem me importava em qual estrada...

E pensava, e me dava vontade

De parar,

De nalgum lugar fica plantado,

Mas eu sempre continuava...

Continuei sob o Sol, sob a Noite,

Entre o amanhecer

E o anoitecer... Nessas horas

Meu ser se angustiava...

Eu me perguntava por quê,

Perguntava-me por que andava,

E tentava lembrar do inicio,

Mas do inicio eu nunca lembrava...

Às vezes sentia alegria, alegria

Por não saber onde me encontrava,

Ficando de acordo com meu ser,

O meu ser que sempre cambaleava...

Eu sentia que estava longe,

Longe de onde não sei...

Mas que estava no caminho,

Mesmo perdido, no caminho

Daquilo que sempre busquei...

Na busca daquilo

Que de alguma forma acreditei

Mas que meus olhos dizem-me,

Indecifráveis, que não alcançarei...

Eu só estava caminhando...

Não pedi, não sei como entrei

Nesse turbilhão de pensamento,

Entre os quais,

Crucificado me visualizei...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 03/12/2006
Reeditado em 04/12/2006
Código do texto: T308707
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