Passando Roupa
A vida poderia ser assim,
Como passar roupa,
Nisso que começo refletir,
Entre uma peça e outra.
O mundo muitas vezes,
Parece essa tábua reta e dura,
Inflexível aos nosso afazeres,
Somos oprimidos na labuta.
Para amortecer o contato,
Quem sabe algo como o pano,
Que cobre a tábua com fino trato,
Talvez o atrito diário fosse mais brando.
As dificuldades que nos amarrotam,
Seria bom poder passá-las,
Retas e engomadas se tornariam,
Esperança de sempre consertá-las.
Claro que alguns tecidos,
Nem conseguimos dar jeito,
Se tornam com o tempo puídos,
Nem tudo na vida pode ser feito.
Uma distração pode ser fatal,
Queima o tecido, faz-se um rombo,
Nem remendando fica igual,
São peças perdidas que um dia ignoramos.
No vai e vem do ferro,
Vamos alinhavando,
Dias de saboroso sucesso,
Outros que vamos levando.