E A SOLIDARIEDADE

No encontro com a rua desnuda,

pessoas,

dobradas em quatro, sem ter o

que haver de seu,

dormem nas valetas, desta vida.

Gente passa por elas indiferentes,

omissas

ao que passa ao seu redor, sem

um pouco de pão,

que dar a estes pobres desgraçados.

É preciso esclarecer que a estas

pessoas,

ninguém dá emprego ou amor,

são renegados

relegados para planos inexistentes.

Sua má aparência repugna quem

por elas passa,

e viram o rosto para o lado, sem

se importarem

o que elas sofrem e penam pra viver.

Fala-se tanto em amor ao próximo,

que, pecadores,

nós somos, não nos apiedando

com o que vemos,

em cada esquina, nos degraus da dor.

Ninguém se interessa por estas

pessoas,

rotas, sujas, esfomeadas, com frio,

passando por nós,

com os seus parcos tesouros imundos.

Custa assim tanto parar e conversar

com elas e ouvir

suas histórias de vida, o que as levou

ao desespero,

de serem abandonadas pela família?

Sejamos mais altruístas e humanos,

não façamos,

destas palavras simples monólogos,

ofensa

para os que já são tão ofendidos.

Jorge Humberto

09/04/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 09/04/2011
Código do texto: T2898609
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