REMORSO

Renasci, para novamente morrer de amor

E sonhei de novo... para descobri que foi ilusão

E os cacos que o passado formou, tentei recompor.

Agora corto-me o pulso no gargalho de uma separação!

E a ferida estancada que perdia-se pelo tempo

Como apenas uma má lembrança a esquecer.

Hoje me faz em lágrimas pela face um desmoronamento

E ao cair desta noite, padecer e padecer.

Mataste-me de desgosto

E choro por ti mais uma vez!

No chão estende-se meu corpo

E sofrer de novo, me fez.

Deste-me a existência para depois furtá-la

E revivo o caos que é viver morrendo.

Tudo pela culpa de somente amá-la,

De tê-la em meu olhar florescendo!

Eu me desfaço e não consigo me remontar

Talvez, porque ema grande parte de mim eu te dei

E o manual de instrução que poderia me salvar

Ficou em suas mãos, como no meu coração a frase: - Te amei!

E de que vale-me esse amor agora?

Se nem ao menos sorrir consigo!

E a alma chora e chora e chora

Como num furacão só e sem abrigo!

E essa boca que teus lábios jamais beijou?!

E essa mão que à noite não tocou na tua?!

Sonhos, fantasias... meras utopias de amor

Que em delírios supliquei diante da lua!

Em vão, em vão...

Tudo absolutamente por nada!

Nenhum laço de união.

Nenhum dia como minha namorada!

Mas viva os sonhos que jamais realizarei,

Dê vida a flor de tua mocidade pois a minha já murchou!

Deixe-me! Esqueça! O que nunca esquecerei...

E assim em prantos, perco o que o coração jamais encontrou

E às sobras do sentimento, entreguemo-nos a despedida

Sem ressalvas, observações ou pedidos de socorro

E distâncio-me sabendo que em tuas mãos esteve minha vida

E sem nada a dizer... choro, amo, sofro e por fim morro!

FIM

Kleber de Paula
Enviado por Kleber de Paula em 16/03/2011
Reeditado em 19/05/2018
Código do texto: T2852233
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