Ilustração de Henrique Secundino.
NINHO VAZIO
Do meu árido jardim, / Uma roseira brotou!
Entre ramos espinhosos, / Uma pombinha pousou.
Senti vibrar minha alma... / Meu coração balançou!
A presença da pombinha / Realmente me encantou!
Um amor inoportuno... / Paixão que não prosperou.
Foi breve noite de sonhos! / Rapidamente passou.
Manhã de desilusões: / A roseira que murchou;
A pombinha que se foi; / A saudade que ficou.
Ficaram também as marcas / Da noite que orvalhou...
Lágrimas na madrugada... / Madrugada que chorou!
Realidades amargas... / O mundo me hostilizou!
Não superei os limites / Que o destino traçou!
De tudo que eu sonhei, / Pouco se concretizou...
Confirmado meu fracasso, / Quase que nada restou...
Somente minha viola / Ficou firme, não falhou!
Rumo à felicidade, / A porta que se fechou.
Felicidade tão perto!... / Minha mão não alcançou.
Tão fugaz e tão ligeira: / A pombinha que voou!
Coração cheio de sombras... / A chama que esfriou...
Ninho que ficou vazio... / Pombinha que não voltou!
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NINHO VAZIO
Do meu árido jardim, / Uma roseira brotou!
Entre ramos espinhosos, / Uma pombinha pousou.
Senti vibrar minha alma... / Meu coração balançou!
A presença da pombinha / Realmente me encantou!
Um amor inoportuno... / Paixão que não prosperou.
Foi breve noite de sonhos! / Rapidamente passou.
Manhã de desilusões: / A roseira que murchou;
A pombinha que se foi; / A saudade que ficou.
Ficaram também as marcas / Da noite que orvalhou...
Lágrimas na madrugada... / Madrugada que chorou!
Realidades amargas... / O mundo me hostilizou!
Não superei os limites / Que o destino traçou!
De tudo que eu sonhei, / Pouco se concretizou...
Confirmado meu fracasso, / Quase que nada restou...
Somente minha viola / Ficou firme, não falhou!
Rumo à felicidade, / A porta que se fechou.
Felicidade tão perto!... / Minha mão não alcançou.
Tão fugaz e tão ligeira: / A pombinha que voou!
Coração cheio de sombras... / A chama que esfriou...
Ninho que ficou vazio... / Pombinha que não voltou!
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