Desilusão
A tempestade durou muito,
muito tempo.
Quando passou e lembrei de mim,
de mim, não havia mais nada,
Nada!
Enquanto o vento forte passava,
feroz qual leoa eu lutava
defendendo as crias.
Meu plano meu sonho fenecia,
em meio à luta acirrada.
Agora que a batalha findou,
pergunto-me o que restou
para mim?
E, não vejo nada,
Nada!
Só agora me vejo e vejo,
que a vida virou neste Nada.
Nada!
Perdi o bonde, perdi o barco,
Perdi a hora de tudo.
Até o horizonte que mirava.
E agora sem rumo,
sem prumo, oscilo...
Neste tempo, atrasada,
sem mais tempo, para nada,
Nada!!!