Quiromante

A cigana lia tua mão,

nos teus olhos eu lia poesia...

O destino com os olhos no chão,

Pilatos com as mãos na bacia...

A linha da vida envelheceu

e mais nos teus olhos eu via

poesia que jamais pereceu

na pena da ave vadia...

O traço de tua palma revelou

o que já há tempos eu sabia,

os teus olhos o destino cerrou

pra ternura de minha poesia...

A cigana, há muito morreu...

E nas mãos do destino, enfim,

minha poesia adormeceu

e nosso amor teve fim...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 18/10/2010
Código do texto: T2564119
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