Obscuro Coração
Bala de aniz na tua boca, amarga!
Canção de amor no teu ouvido, morre!
E eu perdido no verde dos teus olhos...
Nem um doce carinho me socorre...
Obscuro coração no teu peito! Não bate,
não vibra, não se delicia, caçoa...
E eu que cheguei a sonhar com teus amores...
Sonhei que contigo a vida seria tão boa!
Minha canção que foi tão bela, agora é dor...
Dor se traduz em meu grande desengano,
de amar-te tanto assim, até fazer planos
que não couberam em teu falso amor...
E meu peito chora de desencanto,
num lamento tristemente sentido,
que inicia como suspiro incontido,
cresce e se transforma em doído pranto...