ANGÚSTIA

Farto do teu silêncio,

Parto deixando rastros

Dos sonhos que sonhei

Na poesia do meu estro lastro!

Seja bem vinda a insônia,

A saudade, a solidão...

A angústia funesta e insólita

No pulsar do meu coração!

Sob a face azul do infinito,

E de estrelas sem donaire,

Esquecerei os meus eus

Para ser eco de cantares!

Já não sinto o perfume campestre,

Nem vejo a brisa tremer!

As estrelas choram comigo

Pressagiando o meu viver!

No incerto, sem rumo certo,

Temo ver o seu perfil

Refletir-se como um fantoche

Nas águas do meu cantil!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 04/09/2010
Reeditado em 04/09/2010
Código do texto: T2477883
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