Recomeço
Em viuvez...
Dos sonhos repentinos
Enterro de todas minhas desgraças,
Deixe a rigidez...
Do som dos sinos
Soar em virtude da felicidade escassa.
Ó coveiro...
Acabe de uma vez com meu passado,
Transformem em cinzas os tempos idos,
Devaste inteiro...
Aquele meu amor amaldiçoado
Que foram apenas dias perdidos.
Cesse o ardor...
Que de tão fúnebre, inefável
Traga-me um albatroz puro e ledo,
Mas meu Senhor...
Não ressuscite minh’antiga dor expugnável,
Deixe-me seguir no minuano sem medo.
Ouça minha voz...
Com gritos que desespera
É a infelicidade que a cada lágrima faz festa
E após...
Vai embora, encontrar a quimera
Esquecendo o defunto da dor que sempre me resta.
Talvez ao leste...
Eu encontre o que um dia quis,
Tarde demais, vejo isso agonizante,
Apague a meste...
Finalmente serei feliz,
Mate meu passado, renasci de hoje em diante.