Carapuça
Alvejas tu’alma num remanso de lágrimas.
Lembranças velejam no vagar do tempo.
Nada valeu a pena! Tua vida, teu intento...
Teu peito dói como ferida de esgrima.
A brisa assopra tua febre de emoções.
Nada mais há por fazer que chorar.
Chorar até morrer de chorar...
...A insensibilidade devorou os corações.
A barbárie, sem esforço, venceu.
Apenas foi invadindo aos poucos
e tomou tudo que era teu.
Arrebatou teus amores, sem piedade.
Agora, resta-te o olhar dos loucos,
à procura de perdida identidade.