Espinhos de uma rosa
Caminhando em veredas e recantos,
Procurei revelar o belo
Na poesia mais cândida e pura,
E sentir, intensivamente,
Todas as emoções presentes.
Amei uma linda rosa
Que em noites hibernais
Soluçava melodias
No seio dos roseirais!
Um doce encantamento
Segregando-se de minha alma,
Alimentava os meus sonhos
No esplendor das madrugadas!
Amei esta linda rosa
Que, em perfídia repentina,
Num ato vil, insensível,
Feriu-me com seus espinhos...
Desde então a poesia
Incrustada no meu âmago,
Revela apenas o triste
Em fragmentos de pranto!