TEU SILÊNCIO

No ápice mavioso do amor,

Quando a natureza sorria

No refrigério da alma,

A amargura do teu silêncio

Misterioso e triste,

Repentinamente dilacerou

O mimo da nossa esperança vívida.

Ainda repousa serpeante

O ópio do teu beijo sedutor

Nos meus lábios e nas lembranças

Das nossas juras de amor!

Nas minhas noites de insônia

- perdido em melancolia -,

Não mais seduzem as estrelas

No esplendor do plenilúnio!

O meu lenitivo derradeiro

São os versos que escrevo:

Em cada verso um suspiro,

Em cada frase uma dor!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 20/02/2010
Reeditado em 20/02/2010
Código do texto: T2097158
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