DESENCANTO
Uma voz se cala...
Um coração se despedaça:
Sonhos vãos fragmentados
Em elipses nos luares!
A noite emudeceu tristonha...
Níveas orquídeas murcharam-se!
Constantes deslizes ceifaram
Ternos sonhos estelares!
Em veredas de saudades,
Mesmo entre lágrimas de dor,
Sou teu escudo invísivel
Na fonte oculta do amor!
Num aceno derradeiro,
Fecho as pálpebras em prece
E como um milagre eu a vejo
A buscar-me em meio às trevas!