Beijo Beijos Da Intolerância

Beijo beijos da intolerância;

Beijo beijos da ignorância.

Eu não quero mais beijá-los!..

O pão do amor sumiu

Sozinho “pago o pato “

De tê-lo comido sozinho.

O que ninguém o fez!..

Pois quando o fazem

Fazem, sempre sozinhos!..

Para mim e ou por mim!...

Nunca, nada fizeram. São cada

Um de “per-si” como a escada

Com que se faz família.

Eu também sonho mordomias

Mas sonho bem mais simples

Sonho por companhia. As ironias

Não nos leva a nada. Um só clips

Fixa o papel.

Não venha mais. Acabou!...

Fique com os seus e eu com os meus

(meus sonhos... minhas decepções!...)

E minha solidão que não nasceu num bar!...

Roubastes de mim os amigos

E levastes o que mais queria, contigo!...

E que mais queres se nesta merda

De vida a infelicidade foi a erva

Que mais germinou!... Só gerastes

As filhas e de que forma o fizestes?...

Jogando-as contra mim?...

Isso não é amor é posse!...

Ninguém me possui; não sou lote

Onde se imagina a construção

Mas não se tem a posse

Jogas muito baixo

E acho que o fim é tardio

Deixe para mim o resto

Das filhas e meu Neto

Nos encontraremos nos céus

Das bocas e de Deus. Paremos!..

A minha solidão é maior que a sua

Na sua vida a vida ainda continua

Na minha é a solidão e a rua

Os botecos que me abraçam

Com seus copos cheios de vazios

E contam os filmes já vistos!... E grassa

Comigo as recordações dos 70

As promessas tantas. Nos 73

Eu não sei se foi a cachaça

Que superou o desgaste de lenta

Forma e que nos separou de vez.

Ninguém me possui

A puta que me pariu me chame lá do céu

Não estou nem aí!... Mas não dou mole!...