Do E-livro Meu destino e eu
                   
Ando cansado da “Valsa da dor”
Aquela sonata de Elomar
Ou lá de quem o seja!
Estourando meus ouvidos...É um delírio!
Parece o sorriso de quem não nasceu
E o riso de quem, ainda, não morreu! Parece comigo!...
Paulo Moura concorda
No solo que não sei se é choro
Ou se este vazio é que me mata
Ou sou eu que mato ele
Ou ele está de mal comigo.
E que em meu castigo
Pontua as notas que me doem
Tanto. Já estou farto
Destas notas tristes
Ainda existem, mais tristes os funerais!
Mas ainda danço nos passos
Do que a vida me legou!...
Ou será que, ele, trouxe a vida
Prá um lugar tão sombrio - a solidão!...-
e esqueceu d’um lápis de cor?!...
Porque no mesmo percurso
Ele, Paulo Moura, não soprou!
Os ventos que apascentam a dor?!...
Percebi que mesmos os músicos
Os poetas só cantam suas próprias dores
Pobre somos nós pobres mortais Que os cultuam!...
Cocores foram feitos para os vasos puros
E nós somos só as merdas!...
Nas descargas deles!...