Vai
Aí está, límpida e clara
Como tudo que acaba de se tornar passado
Uma pequena lembrança
A última dança que,
Em nome da despedida,
Concedi á minha lembrança de você
Mas, pela primeira vez
O que ficou foi – não o vazio
Nem a ausência,
Mas a doce serenidade da esperança
De outras danças das quais gozar
Ou tornar lembrança
Pois quando uma termina
Logo em seguida, começa outra
Mas como a pressa é do mundo – não minha
Não vou me precipitar
Por hora, vou apenas seguir meus passos
Sem ritmo, sem compasso
Os mesmos de quando o vi despedir-se
Dessa última vez
E pude dizer-me à tua lembrança:
Vai