Obsoleto
Como imaginar seu perfume, se contra o vento estou eu.
Como imaginar seu toque, se o teu sentir não é meu.
Como imaginar seu olhar, se não são meus olhos que queres ver.
Como imaginar sua voz, se o teu silêncio inunda meu ser.
Como imaginar suas palavras, se não é pra mim o seu soneto .
Como imaginar seu amor, que de tão abstrato é obsoleto.
Como imaginar suas mãos, se me deixa por entre seus dedos escapar.
Como imaginar seu beijo, se não consigo te imaginar.