Obsoleto

Como imaginar seu perfume, se contra o vento estou eu.

Como imaginar seu toque, se o teu sentir não é meu.

Como imaginar seu olhar, se não são meus olhos que queres ver.

Como imaginar sua voz, se o teu silêncio inunda meu ser.

Como imaginar suas palavras, se não é pra mim o seu soneto .

Como imaginar seu amor, que de tão abstrato é obsoleto.

Como imaginar suas mãos, se me deixa por entre seus dedos escapar.

Como imaginar seu beijo, se não consigo te imaginar.

Deia Martins
Enviado por Deia Martins em 11/01/2009
Reeditado em 25/01/2009
Código do texto: T1379577
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