INJUSTIÇA DEVASSA

Mundo cruel e injusto, onde

o amor, que dedicamos às causas,

parece não ter relevância alguma,

senão todo esse amor que é nosso,

às coisas desta vida, mas onde

irremediavelmente caminhamos sós,

em nosso sonho e trabalho, não

respeitas nada nem ninguém,

desprezando mesmo todo o altruísmo.

E serves-te das pessoas, como simples

fantoches, num circo sem público, pois

que te encerras em redoma fechada, onde

prevalece o coto agressivo e doente,

coberto de panos brancos, contra as

infecções, que nascem do egoísmo e do

mau juízo, que fazes nascer nas pessoas,

lembrando-lhes céu e inferno, como único

preço a pagar, para quem ouse fugir, de

teus ditames: que o digam os artistas e

todos os que pensam por suas cabeças.

Mais uma vez nos abandonaste! deixando

definhar a pura flor, nos teus jardins,

de si tão maltratados. O mundo é o Homem!

que minha pena seja pois correcta, neste

preciso momento, pois também ele sabe ser

solidário com os seus, dar-lhes a mão, chorar

com eles, sofrer… sem nunca dizer um adeus.

Jorge Humberto

08/09/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 09/09/2008
Código do texto: T1169257
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