Picadeiro
No picadeiro ouço a voz dos corações!
A egolatria, o orgulho, a patologia
abandonam corpos em despojada alegria.
Reinam as mais belas emoções!
Minha solidão tremula na corda bamba,
queda num círculo de risos efêmeros,
mas sinceros, sinceros, sinceros!
A sinceridade existe e me flamba!
Mas há um espiar desconfiado,
que vegeta por traz da cortina,
que não vê um palhaço engraçado.
Pobre e cega menina!
Nota: Inspirado no texto Alma de Palhaço (que recomendo) do poeta tico dilon, publicado no R.L., em 24-11-05.