Todas as vezes que morri
Homenagem a Mário Quintana
Inspirado no poema Da vez primeira
Da primeira vez que me mataram
Perdi o céu estrelado
E, enfim, quem havia me amado
Na neblina da escuridão se perdeu
Da segunda vez que morri
Tomaram-me uma esperança vaga
Do que nem ao menos entrevi
Reduziram a pó minha existência
Mas da terceira vez, eu me suicidei
A morte levou meu sangue, meu ar...
Não me resta sequer vontade de reter a lucidez
Que certamente seria a próxima a me assassinar