Soneto do Horizonte Morto

Este poema é o mosaico de minhas dores

em cada parte habitam dores diversas

e se todas as dores são à alma perversas

Esta em maldade vence com louvores

Eu que era cinza, já me tomei em cores

Destas dores que ora estão por mim dispersas

E por mais que empregue a elas adversas

Forças, das que me restaram dos amores

Nada mais basta estou entregue à elas

Pois a dor maior tomou a alma e o corpo

Meus olhos já não mais são que só janelas

Que dão vista a um horizonte morto

Esperando a luz do dia, dos olhos dela

Sem ela, só nasce a noite: o dia é aborto

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 11/02/2022
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