A POEIRA DOS ESCOMBROS

Tu não és o que pensa ser.

És apenas, uma brisa que passou,

Deixando seu aroma no ar.

O que tu diz ser, e diz a todos,

Sempre seguido de batidas no peito,

Não passa de um barco a deriva

E não tem como saber qual o seu destino.

Tudo o que afirmas ser,

Não passa de memórias encarceradas

Na mente obliterada e arcaica.

Teu prazer não está em construir

E nem propriamente na destruição.

Mas sim, em sentir os olhos cegos

Com a poeira do que recém implodiu.

E tateando pelo caminho,

Segues sem saber se o próximo passo

Será em falso ou não.

E somente assim, tu és tu...

Verdadeira(mente)!

Tácito

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 23/07/2021
Código do texto: T7305616
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