A POEIRA DOS ESCOMBROS
Tu não és o que pensa ser.
És apenas, uma brisa que passou,
Deixando seu aroma no ar.
O que tu diz ser, e diz a todos,
Sempre seguido de batidas no peito,
Não passa de um barco a deriva
E não tem como saber qual o seu destino.
Tudo o que afirmas ser,
Não passa de memórias encarceradas
Na mente obliterada e arcaica.
Teu prazer não está em construir
E nem propriamente na destruição.
Mas sim, em sentir os olhos cegos
Com a poeira do que recém implodiu.
E tateando pelo caminho,
Segues sem saber se o próximo passo
Será em falso ou não.
E somente assim, tu és tu...
Verdadeira(mente)!
Tácito