Porta emperrada
No fundo do meu quintal
Bem antes que o fundo terminasse
Ternamente ali findou
A terça parte de alguma relação.
Nem um dos dois se agrediu
E não houve pranteação,
Sucedido sim, lamento,
Um insiste em reatar.
O tempo, o chamego
O palco onde um para o outro
Se punham a brilhar,
Eternamente responsáveis por terem cativado-se.
No fundo do meu quintal,
Antes da porta ser alcançada,
Enquanto um aperta o passo
O outro emperra a porta.
Fingindo-se de louco.