ESSA TUA INDIFERENÇA

Não imaginas o quanto gosto de ti,

O quanto tenho ciúmes de tua fuga,

Do teu silêncio

E de toda tua indiferença.

Já há muito, meditava largamente

Teu afastamento e tua ausência

Presentes no meu ser

Em ondas de saudade e encanto.

Derramei a lágrima primeira

E te fiz na minha lembrança

Nas noites vazias esperando por ti

Foram tantas noites... Eu bem sei.

Ah! Como são belas

As cavalgadas das horas que nos aproximam

Nessa imensa distância que nos separa

Onde navegam as mais doces ilusões...

Por momentos, sinto ter-te ao meu lado,

Vivo contigo sem saberes

Insisto, persisto na tua presença

Nas sombras etéreas das noites minhas...

Bonito/PE, 19/08/1992

Manoel de Paula
Enviado por Manoel de Paula em 07/06/2020
Reeditado em 08/06/2020
Código do texto: T6970488
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