Beijo beijo...

Sempre à lagrimas na chuva

Caem caladas

Muitas vezes muda

Sempre esse olhar perdido

É gosto de saudade

Aquele barulho aí dentro

É o coração batendo

Esperando que batam na porta

Ou ouvir minha voz ao telefone

Chamando por seu nome, tu busca meu rosto em sua memória

Já se faz alta à hora

E o sono não vem

E tu divide o cigarro

Com a insônia

Que não vai embora

Busca meu gosto em um conhaque

Porém tem que se contentar com o amargo

Sabor de solidão

Seu coração bate

Neste peito

Fazendo éco

Como em um copo vazio de desilusão

Sonha menina

Com nossos corpos

Ocupando o mesmo espaço e se cozinhando lá na cozinha

Apague a luz guria

Se desmanche sobre a cama

Deixe que o sonho

Lhe traga de volta

Quem tu ama!

Pode ser que amanhã

O vento mude

E o tempo cure as cicatrizes

Aí eu bata em sua porta

E te rasgue o pijama

Tire de seus olhos

A culpa é mande embora a insônia

Quanto isso se agarre ao travesseiro

Te desejo

Beijo beijo...

Por Alexandre Samambaia