DANO DE OUTONO
Hoje eu queria morrer só um instante,
Uma morte anunciada em jornais...
Queria como fundo a luz brilhante,
Aquela que aparece através de vitrais.
Não queria choro em minha volta,
Nem flores enfeitando o funeral.
Quero apenas o olhar que me falta
Para preencher meu desejo final.
Não queria preocupações comigo,
Nem para onde vou, nessa jornada finda,
Quero fazer uma viagem contida,
No pensamento, no sonho amigo.
Essa busca dessa paixão, enfim...
Que enraizou e esqueceu-se no tempo
Impregnando na alma um sentimento,
Uma dor que parece não ter fim.
É uma dor que sufoca meu peito,
Em noites de clamor e solidão,
Agoniza e desalinha meu leito,
Não existe dor pior que a paixão.
Quero voltar da morte noutro instante
Com o sopro de teu hálito quente.
Deitar a cabeça em teu peito, pleno,
Esquecer o tempo, outono, esse dano.
Hoje eu queria morrer só um instante,
Uma morte anunciada em jornais...
Queria como fundo a luz brilhante,
Aquela que aparece através de vitrais.
Não queria choro em minha volta,
Nem flores enfeitando o funeral.
Quero apenas o olhar que me falta
Para preencher meu desejo final.
Não queria preocupações comigo,
Nem para onde vou, nessa jornada finda,
Quero fazer uma viagem contida,
No pensamento, no sonho amigo.
Essa busca dessa paixão, enfim...
Que enraizou e esqueceu-se no tempo
Impregnando na alma um sentimento,
Uma dor que parece não ter fim.
É uma dor que sufoca meu peito,
Em noites de clamor e solidão,
Agoniza e desalinha meu leito,
Não existe dor pior que a paixão.
Quero voltar da morte noutro instante
Com o sopro de teu hálito quente.
Deitar a cabeça em teu peito, pleno,
Esquecer o tempo, outono, esse dano.