Assusta-me

Assusta-me às vezes,

o que descubro sobre mim.

Ao que me assombro ouvir

tuas juras de amor.

Ainda que muito consideres

conhecer-me a contento, enfim.

São apenas as horas a fugir,

algumas entornadas ao teu redor.

Não sou amável integralmente,

portanto, isso que tens não é amor.

É antes, loucura ou devaneio.

Dirás "Sentimento não se censura".

Mas não é friável minha mente,

mesmo que me faças entender ou supor.

Tuas juras são antes, um meio.

Saciar uma vaidade, tua procura.

Assusto-te ao falar minha verdade.

E isso é do que não abro mão.

Se queres fazer nossa a tua vaidade.

Satisfaço-a, com toda minha paixão!