Ora amparo, ora veneno...

Ora amparo, ora veneno...

Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®

Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®

Poeta dos Sentimentos®

Concebida em: 28/abril/2014

Cá em meu silêncio interior sobrevivo,

Absorvo-me da bandida saudade,

Retiro de mim a guarda que me protege,

Desarmo assim a razão já tão sofrida,

Liberta-se no corpo a emoção;

Sinto em mim a noite fria tal qual minh’alma,

Silenciosa e solitária em meu peito,

Sofro d’um gostar sem fim por amor,

Maltrata-me ainda a forte paixão;

Caminhar nesta estrada triste é o que me consola,

Leva-me eu sei, a nenhum destino, rouba-me rumo,

Açoita-me com minha permissão o rosto o vento gélido,

Fere meu coração companheiro do abandono,

Não há mais compreensão em mim, apenas dor;

Vivo amargo, rancoroso de minha própria teimosia,

Cega-me os sentimentos, muito mais as emoções,

Enlouqueci conscientemente das sensações vividas,

Faço com certeza de ti minha salutar penitência;

Cá em meu silêncio interior sobrevivo,

Sinto em mim a noite fria tal qual minh’alma,

Caminhar nesta estrada triste é o que me consola,

Vivo amargo, rancoroso de minha própria teimosia,

Não creio haver piedade para meu ser, para minha pele;

Sou e serei um escravo das tuas carícias perdidas,

Serei sempre um amante da maciez da tua cútis,

Será para mim a sombra que me consome a vida,

Restar-me-á como salvaguarda as lágrimas que liberto,

Até onde eu suporte serás o meu amparo, depois quem sabe meu veneno.

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Muito obrigado

CeGaToSí
Enviado por CeGaToSí em 01/05/2014
Código do texto: T4789743
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