AMOR MORIBUNDO
(Samuel da Mata)

No lado esquerdo
da cama e do peito
há um vazio profundo

Já não há alegria,
calor, euforia,
nada a palpitar

O rugir de sua fonte
é o som do desmonte
de um amor moribundo

Que suspira latente
e sofre penitente
sem querer se entregar

Quando o amor vai embora,
o que fica por fora
pode até enganar,

Nas não vibra nem canta,
não abraça ou encanta,
não há como negar:

É uma trova sem rima,
sequidão na campina
esperando queimar

Triste de quem não assume
o apagar de seu lume,
para recomeçar
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 24/10/2013
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T4539345
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