DESENGANO
(Samuel da Mata)

Eu nunca vi no olhar tanta tristeza
E nem do desamar tanta aspereza
Pela dor que se explode na certeza
A mim jamais terás de volta a mesa

Bem sabes, não sou do tipo leviano
Ferida sangra, mas não aceita panos
Marcas de dores e cicatriz dos danos
Porém jamais o acobertar de enganos

No teu olhar vazio a dor por despedida
Teus planos revelados, máscaras caídas
Nuas estão, tuas mãos frias e fingidas

Terás por companheiro o teu remorso
Fotos rasgadas, brindes e outros troços
Mas jamais o meu amor fiel e devoto
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 14/10/2013
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T4524484
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