Em Conservatória/RJ.
Quando de ti a saudade me invade,
É dor que arde,
É sol indo embora…
É o branquíssimo pano que encarde,
O último arfar da tarde,
É o amor que te implora…
Se me lembro como eram teus encantos,
Forma-se o pranto,
Dentro dessa tua ausência…
Então, lamento pelos escondidos cantos,
Teus afagos, teus acalantos,
Como um grito de clemência.
Quando me vem à mente, a tua pessoa,
Eu me entristeço à toa,
É deveras indigerível…
E isso no meu peito, pesadamente, ecoa,
Imenso badalo que soa,
Vazio, sem ti, impreenchível.,,
Não sei mais lidar com esse distanciamento,
Eivado de tormento,
A me estarrecer…
Assim, os dias passam lentos,
Mais que o meus pensamentos,
Quando ousam te esquecer.