SINOS QUE DOBRAM

Sempre em pontos altaneiros

De igrejas e mosteiros,

Vislumbram calmos e imponentes

Os sinos tão abrangentes.

As badaladas comovem

Falam mais que as palavras...

Soam em alívio e murmúrio

Os eventos e lamúrias.

Tudo vêem e nada dizem.

Quanta história para contar:

O batismo, o casamento...

Tantas juras no altar!

Como mensagem divina,

O seu eco é sinfonia...

O seu compasso confunde

Em dolente melodia.

Em colossais igrejas de luxo

Ou capelinhas de vilas,

Os sinos são sempre os mesmos

A conclamar tantas vidas.

Às seis horas da tardinha

É hora da Ave-Maria!

Tocam os sinos para que todos

Evoquem a Mãe Divina.

E assim passam-se os dias

Assim trabalham os sinos:

Vivem sempre a nos lembrar

Os compromissos divinos.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 20/05/2023
Código do texto: T7792813
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