DIA DE CINZAS
Eis que vejo-me vestida de saco,
Revolvo-me no pó da minha vida,
Porque a morte ronda-me dia e noite,
E a paz é por mim esquecida,
Por lembrar que do barro fui gerada,
E em pecado por minha mãe fui concebida.
De onde há de vir o meu socorro,
A salvação desde sempre prometida,
Se num mar de lama encontro-me envolta,
Se escravizada vou seguindo a minha lida,
A luz do sol ofusca-me os olhos,
Tapo-me os ouvidos entorpecida.
A redenção é o que busca de Deus,
Minha pobre alma, nua, escarnecida,
Já cansada de servir em sua carne,
Volta-se a Deus, enfim, arrependida,
Cobre-se de cinzas em sinal de penitência,
Mísera alma por misericórdia redimida.
Eis que vejo-me vestida de saco,
Revolvo-me no pó da minha vida,
Porque a morte ronda-me dia e noite,
E a paz é por mim esquecida,
Por lembrar que do barro fui gerada,
E em pecado por minha mãe fui concebida.
De onde há de vir o meu socorro,
A salvação desde sempre prometida,
Se num mar de lama encontro-me envolta,
Se escravizada vou seguindo a minha lida,
A luz do sol ofusca-me os olhos,
Tapo-me os ouvidos entorpecida.
A redenção é o que busca de Deus,
Minha pobre alma, nua, escarnecida,
Já cansada de servir em sua carne,
Volta-se a Deus, enfim, arrependida,
Cobre-se de cinzas em sinal de penitência,
Mísera alma por misericórdia redimida.