REDENTOR
Como pode um rei...
Que vive num paraíso
Cheio de encantamentos
Onde a justiça e o amor
São a base do seu Reino
Despojar-se da sua glória
E de repente vir viver
No nosso mundo decadente
Assim fez o Redentor
Não julgou com usurpação
Ser igual a Deus
Antes a si mesmo se esvaziou
Assumindo a forma de servo
Reconhecido em figura humana
Poderia muito bem...
Ter nascido num berço de ouro
Mas optou pela manjedoura
Ali no seu nascimento
Já lançou por terra
Toda sorte de preconceitos
Cresceu e viveu entre nós
Realizou muitas curas e milagres
Foi um propagador...
Do amor e do perdão
Mas mesmo assim infelizmente...
Não conseguiu agradar a todos
Com toda sua vida de retidão
A inveja foi ponto crucial
Para que julgassem e o condenassem
Num madeiro fora crucificado
Uma coroa de espinhos
Foi o seu galardão
Espancaram e judiaram-lhe
Até que seu corpo fora aniquilado
No mundo das trevas ficou
Mas ao terceiro dia
Venceu a morte e ressuscitou
E a destra do Pai assentou
Tudo isso ele fez
Para que a nossa humanidade
Fadada ao fracasso
Fosse por Ele restaurada
Através da sua redenção.