EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - Capítulo 04 - CORDEL de THIAGO ALVES

Versículos de 1 à 54

Quando o Senhor percebeu

Fariseus em discursão

Que Jesus fazia mais

Discípulos, do que João

Seus discípulos batizavam

Tomou outra direção.

Deixou Jesus a Judéia

Logo após aquele dia

Voltou para a Galiléia

Passando por Samaria

Na cidade de Sicar

Parou lá naquele dia.

Junto ao poço que Jacó

Deu ao seu filho José

Jesus se achegou cansado

Por ter caminhado a pé

Assentou-se junto a fonte

Na sexta hora, ao sopé.

Achegou-se uma mulher

Que era de Samaria

Veio para tirar água

Jesus disse em simpatia

Mulher dá-me de beber

Sem fazer analogia.

Seus discípulos tinham ido

À cidade pra comprar

Por não haver mais comida

Pro grupo se alimentar

Jesus à beira do poço

Procurava descansar.

E respondeu a mulher

Dessa região serrana

Como sendo tu judeu

Eu sendo samaritana

Tu me pedes de beber

Isto não é coisa sana.

Sabia-se que os judeus

E o povo samaritano

Entre si não se alinhavam

Como não faziam planos

Evitavam uns aos outros

Para não mais causar dano.

Jesus respondeu, e disse

Se tu pudesses saber

O dom do Deus que revela

Quem te diz dá-me beber

Tu me pedirias água

Água viva de poder.

E respondendo a mulher

Disse Senhor tu não tens

Com que tirar dessa água

E o poço é fundo além

Onde tu tens água viva

De onde essa água vem?

És tu maior que Jacó

Nosso Pai que deu o poço

Bebendo ele e seus filhos,

Seu gado desse coloco

E serás tu por acaso

Homem de maior esforço?

Porém Jesus respondeu

Quem dessa água beber

Tornará inda ter sede

Pois nela não há poder

Quem beber da que eu lhe der

Nunca mais sede vai ter.

Da água que eu lhe der

Se fará nele uma fonte

De água da vida eterna

Que lava a alma defronte

Vinda do trono de Deus

Posto no alto horizonte.

Ala pediu ao Senhor

Dá-me dessa água aí

Que eu não mais tenha mais sede

Não venha à tirá-la aqui!

Disse-lhe Jesus: Vai, chamar

O teu marido e vem aqui.

A mulher lhe respondeu

Disse: Não tenho marido!

Jesus disse: É verdade!

Por teu coração temido,

Porque já tiveste cinco

E o que tens não é devido.

Disse-lhe a mulher meu Senhor

Vejo que que és um profeta

Vindo da parte de Deus

De adoração completa

Adoramos neste monte

Como nossos pais oferta.

Dizeis que em Jerusalém

É o lugar de adorar?

Ou será que é neste monte,

Se é lá ou se é cá?

Dizei a mim Senhor meu

Onde se deve adorar?

Disse Jesus à Mulher

Crê-me que essa hora vem

Que nem aqui neste monte

Tão pouco em Jerusalém,

Ao Pai podeis adorar,

Por não saber de onde vem!

Adorais o que não sabes

No conhecer resumido

Sabemos a quem adoramos

Com um coração remido.

Salvação vem dos judeus,

Conforme foi prometido.

Ti digo que a hora vem

E agora esta hora é.

Que os servos verdadeiros

Adoradores de Fé

Adorarão em espírito,

Ao Pai conforme Ele é.

Porque tal, o Pai procura

Os que tem sinceridade

Porque Deus Santo é Espírito

De tão pura equidade

Importa os que O adorem

Seja em Espírito e em verdade.

A mulher disse a Jesus

Sei que o Messias virá

E quando o Cristo vier

Tudo anunciará

Jesus disse eu O SOU

Que estou a vos falar.

Nisto vieram os discípulos

Ficaram maravilhados

Que estivesse falando

Com uma mulher do lado

Porém nenhum deles ousou,

Nada lhe foi perguntado.

Deixou a mulher seu cântaro

E foi correndo à cidade

E falou àqueles homens

Vinde e vê uma verdade

Um homem me disse tudo

Sobre a minha vaidade.

Será por ventura o Cristo?

Venham vamos comprovar

Saíram pois da cidade

Pra vê e testemunhar

Enquanto os seus discípulos

Se puseram a lhe rogar:

Mestre coma alguma coisa

Seja comida ou bebida

Ele olhou e respondeu

Disse eu tenho uma comida

A qual vós não conheceis

O que me sustem a vida.

Os discípulos comentavam

Se alguém lhe dera comer

Ele diz: Minha comida,

Consiste em obedecer

A vontade do meu Pai

E sua obra fazer.

Não dizeis vós que ainda

Há quatro meses até

Que venha a época da ceifa?

Eis que vos digo de pé:

Levantai os vossos olhos

Vejam com os olhos da fé.

Vede que as terras estão

Brancas para se ceifar

E o que ceifar recebe

Galardão para durar

Para toda vida eterna

E assim poder desfrutar.

O que semeia e o que ceifa

Ambos regozijarão.

Porque nisto é verdadeiro

O ditado que se dão

Que um é o que semeia

E outro ceifa a porção.

Vos enviei a ceifar

Onde vós não trabalhastes

São outros que trabalharam

Vós neste trabalho entrastes

E o fruto deste trabalho

Para colher vós ficastes.

Muitos dos samaritanos

N’Ele conseguiram crer

Na palavra da mulher

No testemunho a dizer

Ele disse os meus feitos

E com Ele foram ter.

Indo, pois, ter com Jesus

Muitos dos samaritanos

Rogaram-lhe que ficasse

Uns dias fazendo planos

E muitos mais creram nele

Por seu falar soberano.

E diziam à mulher

Já não é pelo teu dito

Que nós cremos inda mais

Vimos seu agir bem dito,

Sabemos esse é o Cristo

Salvador do mundo aflito.

Jesus foi a Galiléia

Mais uns dois dias depois

O mesmo testificou

Jamais um profeta foi

Honrado na sua pátria,

Deixam sempre pra depois.

Chegando na Galiléia,

Galileus o fazem bem

Revistas todas as coisas

Feitas em Jerusalém

No dia da grande festa

Onde Ele foi lá também.

Segunda vez foi Jesus

A Caná da Galiléia

Onde da água fez vinho

Numa brilhante idéia

Animando aquela festa

Surpreendendo a plateia.

E havia ali um nobre

Cujo filho estava enfermo

Sendo de Cafarnaum

Veio à Jesus de mais ermo

Pedir a cura do filho

E se empenhou nesse termo.

Este ouvira que Jesus

Da Judéia estava vindo

Foi ter com ele e rogou

Por si só diminuindo

Mestre vem cura meu filho

Pois está no momento findo.

Então Jesus respondeu

Se não veres os sinais

Como também os milagres

Nem assim vós crereis mais.

Disse o nobre: Senhor, desce!

Senão meu filho se vai.

Disse-lhe Jesus: Vai e vê

Teu filho vive de novo

E o homem creu na palavra

De Jesus perante o povo

Partindo dalí depressa

Onde a fé fez um renovo.

Vindo ao encontro, seus servos

Logo lhes anunciaram

Dizendo: O teu filho vive!

Logo quando o saudaram

Que horas foi a melhora?

E eles, logo detalharam.

Ontem pelas sete horas

O mal da febre o deixou

O pai entendeu que foi

Quando Jesus lhe falou

Podes ir teu filho vive

E assim lhe abençoou.

O nobre creu em Jesus

Também sua casa creu

Jesus fez este milagre

A fé do povo ascendeu

Da Judéia à Galiléia

Fazendo a obra de Deus.

Thiago Alves

Thiago Alves Poeta
Enviado por Thiago Alves Poeta em 14/12/2015
Reeditado em 07/05/2023
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