Páscoa de Francisco
Ao contemplar tua imagem,
Inclinada no leito de morte,
Entristeço-me e sinto vertigem,
Pela nossa malograda sorte.
Estulta ignorância de minha parte,
De, enquanto filho, não saber amar-te.
(E tão pouco na dor ser capaz de entender!)
Pois, para quem enxerga além,
A existência presente é sempre aquém
Do que a nossa mente consegue compreender.
A de todos indesejada na história de nossa fatigada lida
Pode se tornar ainda mais bela do que a própria vida.