Perpetuação monogâmica
Fêmea Aninha,
Filhote no ninho;
Macho no topo do mastro,
Trina,
Afugentando os predadores,
Acalentando seus amores;
Em breve,
Apresentará para o habitat,
Os herdeiros,
Redenção de flertes, cortejos e gracejos,
Pequeninos machos ou fêmeas,
Herança consanguínea,
Após empenujarem,
Ao fazer um aninho,
Dos papais,
Aparecerão as mesmas cores.
A Natureza é mistério poético que nenhum artista se atreve desvenda-lo. E o que não é desvendado, não é descrito em palavras ou em imagens; no máximo, é criação imaginária.
Fazer bem feito:
Com quem trabalha ou com quem está trepando, - exato: fodendo - não se brinca; se o trabalhador ou o trepador é dado às brincadeiras, é por que não está dando o devido apreço ao que está fazendo, ou seja, não faz bem nem uma coisa e nem outra.
E quem não trabalha e nem sai de cima, além de gambiarra, faz pelas metades. A geração zumbi: que o diga a parte virtual / depressiva, a parte proveta, a parte insone / artificial que perambula por aí...; ainda bem que o homem é obra desgarrada da Natureza.
Sorte de quem a matéria prima e o processo de produção ainda é natural. Naturalíssimo. Primitivo. Original.
Gozo no oásis direto da fonte; prazeroso mergulho hedônico em remanso de águas leves, cristalinas, mansas e cálidas.
Introspecção:
Às vezes me desligo de tudo,
E me ligo no que a maioria tem medo de se ligar;
Nesse momento simbiótico,
Uma horda de anjos me vem,
E com ela,
Mergulhamos nas fendas de mares,
Céu e Terra,
Cujo destino,
É o Nirvana.