Perpetuação monogâmica

Fêmea Aninha,

Filhote no ninho;

Macho no topo do mastro,

Trina,

Afugentando os predadores,

Acalentando seus amores;

Em breve,

Apresentará para o habitat,

Os herdeiros,

Redenção de flertes, cortejos e gracejos,

Pequeninos machos ou fêmeas,

Herança consanguínea,

Após empenujarem,

Ao fazer um aninho,

Dos papais,

Aparecerão as mesmas cores.

A Natureza é mistério poético que nenhum artista se atreve desvenda-lo. E o que não é desvendado, não é descrito em palavras ou em imagens; no máximo, é criação imaginária.

Fazer bem feito:

Com quem trabalha ou com quem está trepando, - exato: fodendo - não se brinca; se o trabalhador ou o trepador é dado às brincadeiras, é por que não está dando o devido apreço ao que está fazendo, ou seja, não faz bem nem uma coisa e nem outra.

E quem não trabalha e nem sai de cima, além de gambiarra, faz pelas metades. A geração zumbi: que o diga a parte virtual / depressiva, a parte proveta, a parte insone / artificial que perambula por aí...; ainda bem que o homem é obra desgarrada da Natureza.

Sorte de quem a matéria prima e o processo de produção ainda é natural. Naturalíssimo. Primitivo. Original.

Gozo no oásis direto da fonte; prazeroso mergulho hedônico em remanso de águas leves, cristalinas, mansas e cálidas.

Introspecção:

Às vezes me desligo de tudo,

E me ligo no que a maioria tem medo de se ligar;

Nesse momento simbiótico,

Uma horda de anjos me vem,

E com ela,

Mergulhamos nas fendas de mares,

Céu e Terra,

Cujo destino,

É o Nirvana.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 24/11/2023
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