O grito do Poeta vivo

Regressiva: Z, V, U...

Faustão,

Sem coração,

Microfone desapareceu,

Emudeceu, sumiu,

Contagem de domingão.

Ô loco, meu;

Já vai?

Vem aí,

Reclames do plim, plim,

Até lá,

Espere puxá.

Fez muito barulho,

Estardalhaços mil,

Nenhum eco,

Irá deixar.

Não há barulho,

Ruído estrondoso,

Que se eternize no espaço,

Síndico Tim Maia,

Esquecida voz de trovão.

Ecos:

Por mais que durem,

Não passam de instantes relâmpagos.

Empanturrados do besteirol,

Não esqueçamos o Silvio Santos:

"Mas que vai,

Vai...".

Sol, praia,

Água de coco,

Aposentadoria,

Sedentarismo,

Cemitérios cobertos com lençóis.

Parafraseando uma canção,

Além do besteirol,

Deve existir um lugar aprazível para viver em paz,

Belo entardecer de arrebol.

Prefira um psico Ativo:

Café preto,

Pão integral,

Fazem Cia;

Mesa posta,

Decoração,

Desejo-te bom dia,

E se ficares em silêncio,

Serás poesia.

Maquiavel disse que o "homem esquece a morte do ente, que dizia ser querido, mais rápido, que o patrimônio deixado por Ele".

Minúcias & Palidez

Com os cotovelos apoiados no batente da janela,

Meus olhos passeiam na órbita ocular procurando o singelo;

Acho que encontrei algo irrelevante.

Acerto o foco,

E contemplo a copa de um pé de laranja florido;

Das flores,

Abelhas zumbizantes e um biquinho, um afiado biquinho de beija-flor,

Das abelhas e do biquinho do beija-flor,

Néctar e essências espalhadas através da polinização,

Das essências e néctar,

Perfumes em corpos,

Méis em bocas,

Lares em paraísos distantes.

Quem trabalha,

E exala suor nas vestes,

Não tem "é cedo demais,"

Não tem "é tarde demais,"

Não tem "huum, está chovendo!"

Não tem "nossa, quanto Sol!";

Quem trabalha,

Não escolhe hora de percorrer estradas, nas quais não se toma conhecimento das dificuldades e obstáculos,

Pois, quem trabalha,

É por que quer bem,

Pois sabe, que longe é um lugar que não existe;

E para estar presente,

Não faltam esforço e vontade,

Coragem, carinho e sangue no coração.

Nota-se pois, que está faltando um pouco de selvageria, digo sangue sensível nos corações dos trabalhadores atuais e o pior: nem abelhas, nem beija-flores e polinizadores servem de inspiração para o desenvolvimento de tal virtude.

O passado são pegadas experimentais que marca(ra)m a sua, a minha, a nossa história, apenas;

O futuro são os pós curvas no longo caminho da vida;

Já o presente, ora, o presente é dádiva dada pelo Criador e Natureza; portanto, viva-o alegremente e agradeça sempre, pelo presente ganho; mas acima de tudo, desperte e abra o pacote marca Cotidiano, com foco, fé, amor e coragem.

Fatalmente, além da vida lhe sorrir logo cedo, o restante das 24 horas será de feliz bom dia!!

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 24/08/2023
Reeditado em 29/08/2023
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