Acabou Chorare Again
Rato mamando na teta da gata;
Gata catando pulga no cão;
Cão no colo do mendigo;
Mendigo que não se esforça em levantar a pata,
Oxidando as ferragens das marquises do via duto.
Viaduto que caiu sobre todos.
Renomearam-o: Viaduto Covid-19.
Acabou Chorare, ou Iniciou Alegrare, pra Moraes Moreira, Rubem Braga, Flávio Migliaço, Sérgio Paulo de Camargo, Daniel Azulay.
Acabou e acabará para a fornada de gente anônima que foi e irá ao ar toda tarde pela Rede Globo.
Diante do quadro pintado pelo medo, pelo terror, a efemeridade e, infinitamente superior à longevidade.
Aldir Blanc, adocicada ou cítrica,
A morte é frutaria em feira livre,
Dada de graça,
Sem cobrar nada!
Em contrapartida,
Cobram caro,
Os olhos da cara,
Vale até as carcaças de dentes de porcelana,
pelo inflar dos pulmões,
Caminhar claudicante,
Lágrimas de sal nas faces,
Sangue nas veias,
Pulsar do coração.
Enquanto o gênero humano não for tratado com carinho, apreço, zelo, respeito, seriedade, e não como "um a mais" no monte de sucata descartável, pelo próprio gênero humano,
Inevitavelmente, será vítima do deselegante Aniquilamento, em grande escala.
Os anais de História Mundial provam, reprovam e comprovam.