Lampejo de trevas
(Samuel da Mata)

É claro que ele não queria
Perceber que a noite já ofuscara o dia
Um piscar de trevas, deu pausa a poesia
Viu desfeita a peça que ilusão tecia

Um lampejo apenas, traça uma sentença
Ou se faz de cego, ou toma providência
Um pequeno gesto, mostra o que se pensa
Quem disfarça o passo, por conveniência

Sonhos são sonhos, e gostoso é tê-los
Mas no desencanto, melhor esquecê-los
Loucas fantasias viram pesadelos

Dizem ser um louco, este caminhante
Mas por vis miragens, já penou bastante
Quando o céu troveja, chuva é abundante

 
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 12/12/2019
Reeditado em 29/11/2020
Código do texto: T6817572
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