LIBERDADE sem fim

Liberdade

Liberdade de ser palhaço ou plateia;

Rei ou súdito. Sábio ou néscio.

Libertinagem livre.

Liberdade é o direito de ser ateu ou de ter fé;

Libertária liberdade.

É quebrar com as correntes que aprisionam;

É a centelha incondicional que jamais apaga,

nos que amam, em liberdade.

A liberdade está no cuitelinho e na abelha,

Que batem asas voluptuosamente,

Para sugar o néctar da flor.

E a flor sob absoluta placidez,

Vê o seu néctar sendo sugado,

À troco de sobrevivências.

Liberdade é doação.

A liberdade é latente;

É a inconstância da inquietude que dilacera,

Nos seres insolentes.

É desbravar o inusitado,

Em busca da liberdade,

Essência magna, da própria liberdade.

Quanto custa a liberdade?

Nada. Liberdade é desprovida de coisas materiais.

É sentir-se cuitelinho e abelha;

Bater asas freneticamente e ganhar o firmamento.

Quando vale a liberdade?

Tudo!

Tudo que a imaginação possa imaginar,

E a sede de conquista, realizar.

Liberdade é labor e devaneio,

Dos que sonham e comprazem em paraíso livre!

Liberdade senhor, liberdade!

Liberdade para ser o que se quer ser,

Liberto, do que se é.

Por que ser escravo do bolso, sufocando com excesso de trabalho, com as imposições e desmandos familiares e insensatas responsabilidades a sublime essência; o eu interior? Liberdade é viver como pássaro, de asas abertas e quando possível, pegar carona nas lufadas de vento, deixando-se levar por onde as lufadas sopram, mesmo que fracas. Liberdade é não ter que se cobrar por aquilo que não se deve. Isso sim é responsabilidade; isso sim é liberdade! Cada responsável que liquide suas dívidas, conforme as quis e adquiriu. Deveras, a liberdade plena e argumentada não se endivida, pois é sólida.

Liberdade senhor, liberdade!

Liberdade, mesmo que após séculos passados;

Liberdade!

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Bem ou mal humorados,

Águas seguem,

Pássaros trinam,

Carros berram,

Ruminantes ruminam,

Loucos buzinam,

Flores se abrem,

Velas se apagam,

Solene solidão,

Nada em vão.

Cai a brisa fria,

Desprendida da aragem,

nada é para sempre,

Não vieram para ficar,

Dê licença,

Desobstrua o caminho,

A liberdade pede passagem.

Um dia qualquer,

A serena liberdade será o juízo.

O difícil é saber quando e onde!

Enquanto ela não vem,

Em nome da liberdade,

Estou por aqui:

Aonde?

A liberdade sem fronteiras é a marca registrada de quem é feliz. E a autonomia é o logotipo. Ambos demonstram o invisível estado de espírito e o coração andante do felizardo. Pois, afinal, uma viagem qualquer, que parte de um ponto qualquer, atravessa obrigatoriamente o coração do viajante e finda-se num horizonte que ainda esta por surgir. Quem trafega por tais caminhos, sabe o que a metáfora significa; sobretudo, porque quem viaja, viaja para dentro da essência humana e o recomeço é sempre em cada nova viagem.

Boa tarde que principia uma boa noite, se o dia foi daqueles profícuos tragados no bem estar do cachimbo da poesia, ambas se comprazem. Sentir-se bem de neurônios também é um ato de liberdade e faz bem aos pequenos, operosos e sensíveis orgãos do corpo humano! E neste universo harmonioso, o todo se completa.

Sorria para um bom dia!

PA

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 27/04/2015
Reeditado em 01/05/2015
Código do texto: T5221696
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