CAMINHO DE CONCRETO
Revele-me quem tocou o ouro,
grão tesouro, sobre a escassez do coração,
demasiadamente no entardecer da civilização,
concreta do solo ao couro.
Longe está penumbra a luz em esperança,
no beco, a revolta entorna volição,
em seco, contorna o olhar do coração,
a risada foge da criança.
Deixou-te a marca pôr um segundo,
era o chão, pedindo um apelo,
para o alto de passagem pelo mundo.
A mão, é o corpo, sempre observando.
Era o erro engrenando a exploração
que ao todo tocaria aquele caminhando.
De Poetas das Almas Fernando Febá
Fernando Henrique Santos Sanches