JURAS DE FÉ
(Samuel da Mata)

Eu pensei que o mundo fosse assim só nosso
Onde eu você não víssemos a mais ninguém
Onde lá não entrasse a dor ou qualquer troço
Que nos roubasse a paz e nosso querer bem

Mas de fato o mal nem sempre vem de fora
Nem sempre pula os muros ou invade ao nosso ser
A malícia incubada, com o tempo cresce e aflora
Estruge em inconseqüência, faz o mundo tremer

Tudo nos jovens são boa fé, vontade e esperança
Ninguém conhece a alguém além da aparência
E desconhece o enjôo quem nunca navegou

Só quem já viu quebrarem-se os laços da confiança
E a estultícia assaz romper os limites da decência
Pode entender por fim quem suas juras abandonou

 
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 22/02/2014
Reeditado em 06/09/2015
Código do texto: T4702380
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