EU VI
(Samuel da Mata)


Eu vi quando a paixão brotou assim do nada
E sem aviso, fez do meu coração morada
Vi como se entregou minh’ alma sem ressalvas
Entorpecida e de forma inconseqüente atordoada

Vi como a paixão cega os olhos da sanidade
Vi como ela transforma cruas mentiras em verdades
Vi como se renova a fé só com base na esperança
E como faz do adulto um sonhador tal qual criança

Vi também como floresce, da dor ervas daninhas
Passada a fantasia, almas voltam a ser mesquinhas
Rudes, cruéis, intrépidas e indomáveis

Vi como a descrença é a sucessora das paixões
Vi como brota o ódio quando sucumbem as ilusões
Em atitudes vis, malignas e deploráveis
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 04/01/2014
Reeditado em 06/09/2015
Código do texto: T4636116
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