ECLIPSE
(Samuel da Mata)
Há em nós uma tristeza muda
Sem rosto, lembrança ou voz
Não de quem parte do mundo
Mas do mundo que parte de nós
Parte vazia a esperança
Desenganos a muitos nós
Morre o sorrir da criança
Ante a injustiça atroz
Por que prospera a maldade
O roubo, o engano e a dor?
E os discursos de civilidade
São manchados de sangue e horror?
É que sai um porco e entra outro
É um revezamento de engorda
Mas nenhum é esfolado no toco
Pra ser exemplo aos calhordas
(Samuel da Mata)
Há em nós uma tristeza muda
Sem rosto, lembrança ou voz
Não de quem parte do mundo
Mas do mundo que parte de nós
Parte vazia a esperança
Desenganos a muitos nós
Morre o sorrir da criança
Ante a injustiça atroz
Por que prospera a maldade
O roubo, o engano e a dor?
E os discursos de civilidade
São manchados de sangue e horror?
É que sai um porco e entra outro
É um revezamento de engorda
Mas nenhum é esfolado no toco
Pra ser exemplo aos calhordas