VISITA A MASMORRA
(Samuel da Mata)
Desci a masmorra uma tarde
Para ver o que o homem tinha
Quando se punha face a face
Com sua alma mesquinha
Eu vi a ira nas pedras
Vi versos em sangue escritos
Vi vingança, desafetos
Escárnio, ódio e estrupício
Vi mágoas em alto relevo
Vi cicatrizes e feridas
Vi sombras de pesadelos
Amargos restos de vida
Eu vi a tristeza e a má sorte
Em dentes e unhas esculpidas
Eu vi a sombra da morte
Oculta em faces fingidas
Vi planos aterrorizantes
Angústia e mágoa explosiva
Vi a tristeza pulsante
Vi dor, malícia e intriga
Vi a vaidade desfeita
Vi arrogantes oprimidos
Vi soberbos na sarjeta
Eu vi valentes vencidos
Eu vi a miséria dos homens
A tristeza de arrependidos
Eu vi pensamentos profanos
Vi sonhos desvanecidos
Sai da masmorra em tormenta
Mui triste e apavorado
Por ver nas paredes cinzentas
O meu coração retratado
(Samuel da Mata)
Desci a masmorra uma tarde
Para ver o que o homem tinha
Quando se punha face a face
Com sua alma mesquinha
Eu vi a ira nas pedras
Vi versos em sangue escritos
Vi vingança, desafetos
Escárnio, ódio e estrupício
Vi mágoas em alto relevo
Vi cicatrizes e feridas
Vi sombras de pesadelos
Amargos restos de vida
Eu vi a tristeza e a má sorte
Em dentes e unhas esculpidas
Eu vi a sombra da morte
Oculta em faces fingidas
Vi planos aterrorizantes
Angústia e mágoa explosiva
Vi a tristeza pulsante
Vi dor, malícia e intriga
Vi a vaidade desfeita
Vi arrogantes oprimidos
Vi soberbos na sarjeta
Eu vi valentes vencidos
Eu vi a miséria dos homens
A tristeza de arrependidos
Eu vi pensamentos profanos
Vi sonhos desvanecidos
Sai da masmorra em tormenta
Mui triste e apavorado
Por ver nas paredes cinzentas
O meu coração retratado