Tudo, a não ser a mim mesmo!

Não vou estagnar minha vida

nem condenar meus atos

Fiz o que fiz

porque nem eu

nem ninguém deste mundo

é competente para julgar.

A quem prejudiquei

a não ser a mim mesmo?

E assim dizendo,

será que realmente me prejudiquei?

Será que não fiz o que

o coração, naquele momento,

naquela hora, naquele instante,

senhor do tempo e das horas,

mandava?

Quem sabe, por dias ou meses,

resolvi ser senhor de mim mesmo,

sem me importar com o resto?

Quem sabe me desatrelei das convenções,

dos preconceitos, de tudo o mais e tomei,

ainda que por ínfimo período,

as rédeas da minha vida?

Quem, dentre os humanos comuns,

pode fazer isso até hoje

a não ser por breves períodos

como eu me atrevi a fazer?

O que importa é que respirei,

embora entrecortada por crises de

consciência,

a liberdade que há muito não tinha.

Sou o mesmo,

continuo o de antes,

só que interiormente mais rico,

mais maduro,

mais gente,

mais seguro.

Misturar saudade com realidade,

creiam, é uma ótima receita,

de equilíbrio e de paz interior.

Webmar
Enviado por Webmar em 10/01/2012
Reeditado em 11/01/2012
Código do texto: T3433135
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