MEU SERTÃO

Meu sertão é assim,

Cheio de vida e de cores,

Tem borboletas, flores e plantas

Que fazem da gente criança ao revê-las.

A chuva cai no mato viçoso,

O arco íris repleto de cores

Risca o céu devagar!

O rio, sereno e calmo,

Na areia da praia a tocar,

Como se fosse o beijo de alguém

Que de repente vem

A saudade afugentar!

Ah! Como é bom ver a mata

No silêncio crepuscular,

O sol atrás das montanhas

Igual a um menino risonho

Quando vai se deitar,

Dando adeus ao horizonte

E aos peixinhos da fonte

Com os últimos raios a brilhar

As gaivotas pardais e andorinhas,

Sob o céu a revoar,

Despedindo-se do dia,

E envolvendo-se na magia

Da noite que vai chegar!

E serena, cai de mansinho,

Aninhando os passarinhos

Que estão a lhe esperar.

A lua, fiel companheira,

Vem as pradarias banhar!

No meu sertão é assim,

Até os pirilampos vivem a trabalhar

Iluminando as noites escuras

Para a lua ir descansar!

Maria Gerlândia
Enviado por Maria Gerlândia em 02/05/2011
Reeditado em 02/05/2011
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